QUEM SOMOS

 

A Casa Hope é uma instituição 100% filantrópica fundada por Cláudia Bonfiglioli e Patrícia Thompson que oferece apoio biopsicossocial e educacional à crianças e adolescentes portadores de câncer e transplantados de medula óssea, fígado e rins, juntamente com seus acompanhantes. São pessoas com baixo poder aquisitivo procedentes de todo o Brasil, que precisam de um lugar de apoio ao serem encaminhadas para tratamento em São Paulo.

Durante esse período, a instituição oferece moradia, alimentação, transporte (para hospitais, aeroportos e rodoviárias), assistência social e psicológica, medicamentos, vestuário, escolarização, terapia ocupacional, cursos de capacitação profissional, recreação dirigida, passeios culturais e festas comemorativas.

Ao proporcionar uma rotina normal às crianças e adolescentes, a Casa Hope contribui para o aumento de suas reais chances de vida, descentralizando-os da doença e oferecendo esperança, carinho, dignidade e respeito.

 

A HISTÓRIA

Com anos de bagagem como voluntária do Hospital do Câncer, Cláudia Bonfiglioli vivenciou no dia a dia as imensas dificuldades das famílias de baixa renda, vindas de diferentes regiões do Brasil para São Paulo em busca de tratamento especializado para seus filhos. Indignada com a condição de doença aliada à falta generalizada de recursos, Cláudia reuniu esforços com amigos e plantou as primeiras sementes do que se tornaria a Casa Hope, atualmente, um centro de referência brasileiro no que tange a amplitude e qualidade dos serviços que executa junto aos hóspedes atendidos (pacientes, acompanhantes e doadores de órgão).

A primeira unidade da instituição, que tem sua história iniciada em 1996, era numa pequena casa na Vila Mariana com capacidade para 17 crianças ou adolescentes e 17 acompanhantes. Inicialmente, oferecia moradia, alimentação, transporte para os hospitais, aeroportos e rodoviárias e atendimento psicológico.

Em 1997, foi inaugurada a segunda unidade para atendimento exclusivo a transplantados de medula óssea e seus acompanhantes com serviços similares, porém adaptados para atender às necessidades e cuidados específicos.

Em 2000, a Casa Hope inaugurou mais uma unidade com capacidade de atendimento de 60 pessoas, entre crianças, adolescentes e acompanhantes. Em 2002, atendendo à crescente demanda por vagas, fundou uma unidade exclusiva para 40 adolescentes e seus acompanhantes, totalizando 140 vagas.

Em 12 de maio de 2009, contando com o apoio de inúmeros parceiros colaboradores e com a concessão do terreno pelo governo do Estado, foi finalmente possível a concretização de um grande sonho: a inauguração de sua sede própria, que, além de aumentar o atendimento em 33 %, possibilitou que os serviços fossem ampliados e oferecidos com maior eficiência e qualidade.

Atualmente, a casa é constituída por 48 dormitórios com 192 leitos, refeitórios, salas de TV e de convivência, escola, brinquedoteca, biblioteca, consultórios de serviço social, psicologia e terapia ocupacional, espaços específicos para o desenvolvimento de cursos de capacitação profissional, teatro e ampla área de lazer, além de outros espaços, distribuídos em mais de 6.000 m².

Atendimento multidisciplinar alinhado sob os princípios:

  • Foco no ser humano integral;
  • Manutenção de ambiente domiciliar;
  • Manutenção das rotinas da vida;
  • Acolhimento;
  • Valorização do indivíduo e a sua dignidade;
  • Respeito às individualidades;
  • Atitude participativa e ativa diante da vida;
  • Melhoria da qualidade de vida presente e futura;
  • Crescimento pessoal;
  • Garantir as condições adequadas de subsistência durante o tratamento;
  • Contribuir para o enfrentamento da situação da doença, tratamentos e reinserção social;
  • Melhor aderência aos tratamentos;
  • Melhoria na qualidade de vida;
  • Resgate das possibilidades de planejamento de vida futura;
  • Incremento na capacidade de autogeração de renda;
  • Promoção humana;
  • Pessoas em 1º lugar;
  • Comprometimento;
  • Respeito;
  • Ética;
  • Solidariedade;
  • Transparência.

 

NOSSA RAZÃO DE EXISTIR

Apesar dos grandes avanços da medicina, os tratamentos do câncer e transplantes geram um forte impacto junto aos doentes e suas famílias. Somados à baixa condição socioeconômica e ao afastamento da rede familiar e social de apoio, desorganizam todos os aspectos da vida dos envolvidos, com alterações físicas, psicológicas, sociais, familiares e econômicas que lhes conferem um estado de vulnerabilidade retratado na seguinte problemática:

  • Impossibilidade de suprir as necessidades básicas;
  • Despreparo para o enfrentamento da situação de doença;
  • Presença de sequelas decorrentes da doença e tratamentos (ex: deficiência visual, auditiva, amputação de membros, entre outras);
  • Elevado índice de risco nutricional;
  • Risco de morte;
  • Fragilidade física e emocional;
  • Perdas em todos os aspectos da vida;
  • Estresse elevado;
  • Desagregação familiar acentuada;
  • Choque cultural;
  • Baixa escolaridade;
  • Dificuldades relativas à reinserção social.

Portanto, são necessários uma estrutura complexa de serviços, uma equipe multiprofissional qualificada e recursos financeiros elevados para viabilizar o apoio integral indispensável para o enfrentamento da situação da doença, melhoria das condições biopsicossociais (físicas, psicológicas e sociais) e educacionais para a eficiência e a garantia da continuidade dos tratamentos e, ainda, o preparo para a reinserção na vida familiar e social após a alta médica.